segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mostra
Mulher em Cena
(março)
Denise Mesquita de Melo Almeida,
Giovana Carmo Temple,
Priscila Gomes Dornelles.
Professoras do Centro de Formação de Professores da UFRB


A questão do gênero enquanto elemento constituinte, tanto da própria subjetividade como das relações sociais como um todo, tem sido objeto de importantes discussões orientadas para a construção de uma sociedade mais justa, onde diferenças não sejam convertidas em desigualdades. A discussão geral sobre a questão do gênero surgiu no interior do movimento feminista, devido à sua necessidade de elaborar uma categoria de análise capaz de acompanhar transformações engendradas por suas próprias ações e, com isto garantir coerência aos seus objetivos políticos emancipatórios - também em movimento de ampliação e transformação. Entre os significados que vêm sendo construídos, desde então, para categoria gênero, destaca-se aquele que diz que gênero diz respeito à "organização social da relação entre sexos" (SCOTT, 1990:5)1. Neste sentido, gênero é “visto como elemento constitutivo das relações sociais, baseadas em diferenças percebidas entre os sexos, e como sendo um modo básico de significar relações de poder” (SCOTT, 1990:5). Gênero refere-se, portanto às relações de poder entre mulheres e homens, mulheres e mulheres, homens e homens implicando, necessariamente, numa rejeição ao determinismo biológico no que diz respeito às definições quanto aos papéis ou lugares que homens e mulheres assumem na sociedade. Deste modo, tal conceito é “uma maneira de classificar fenômenos, um sistema de distinções que tem aprovação social, e não uma descrição objetiva de traços inerentes” (SCOTT, 1994)2. Com isto, lançar mão de conceitos como "sexo" ou "diferença sexual" pode representar o risco de reafirmar teorias que propõem que a diferença entre homens e mulheres têm uma origem biológica, conseqüência, portanto, de fatores imutáveis, universais e a-históricos. Ao invés disso, no contexto das lutas em defesa dos direitos de cidadania, adotar o conceito de gênero implica explicitar que as denominações que incidem sobre a própria distinção entre sexos são conceitos construídos historicamente e, portando, modos mutáveis e interna­mente conflitivos de categorizar, hierarquizar as diferenças e constituir sentido para elas. Assim, a luta contra as diversas formas através das quais se manifestam a opressão de gênero se insere no seio de ações contrárias a todos os elos de opressão, e em defesa da construção de uma sociedade radicalmente nova, sem discriminação de sexo/gênero, orientação sexual, raça e classe. Luta que teve início há cem anos, durante a II Conferência de Mulheres Socialistas, em Copenhague. Nesta ocasião as representantes dos 17 países reunidos, em memória das trabalhadoras assassinadas em uma fábrica de tecidos nos EUA (em meados de 1800 quando lutavam por redução da jornada de trabalho de dezesseis para doze horas), aprovaram as propostas de Clara Zetkin: conclamar as mulheres do mundo todo a lutarem pela paz, e instaurar um dia internacional para celebrar anualmente a luta das mulheres. A história mostrou que já no ano seguinte na Alemanha, Suíça, Dinamarca e Áustria, no dia 8 de março mais de um milhão de mulheres foram às ruas, num movimento que, ampliado, perdura até os dias atuais.

1. SCOTT, J.W. 1990. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação e Realidade, Porto Alegre
2.. SCOTT, J.W. 1994. Prefácio a Gender and politics of history. Cadernos Pagu (3): pp.11-27. Campinas

17/03
Frida – EUA, 2002. Direção: Julie Taymor
Frida Kahlo (Salma Hayek) foi um dos principais nomes da história artística do México. Conceituada e aclamada como pintora, ele teve também um casamento aberto com o artista Diego Rivera (Alfred Molina), seu companheiro também nas artes, e ainda um controverso caso com o político Leon Trostky (Geoffrey Rush) e com várias outras mulheres.


 
 
 
 

23/03
O Cárcere e a rua - Brasil, 2004. Direção: Liliana Sulzbach. Documentário

O documentário mostra a história de mulheres presas na Penitenciária Madre Pelletier (RS). As histórias giram em torno de Cláudia, a presidiária mais antiga e respeitada. Ela é que dá ordens e protege, por exemplo, a jovem Daniela, que corre risco de vida por ser acusada de ter matado o próprio filho. Mas Cláudia, assim como Betânia, deve deixar a penitenciária em breve. Daniela terá que se defender sozinha. Cláudia sai em busca do filho. Betânia sente a tentação de deixar de lado as regras do regime semi-aberto para viver a liberdade em companhia de um novo amor.


24/03
Volver – Espanha, 2006. Direção: Pedro Almodóvar.
Raimunda (Penélope Cruz) é uma jovem mãe, trabalhadora e atraente, que tem um marido desempregado e uma filha adolescente. Sole (Lola Dueñas), sua irmã mais velha, possui um salão de beleza ilegal e vive sozinha desde que o marido a abandonou para fugir com uma de suas clientes. Um dia Raimunda encontra seu marido morto na cozinha, com uma faca enterrada no peito. Sua filha confessa que matou o pai, que queria abusar dela sexualmente. A partir de então Raimunda busca meios de salvar a filha.

 

25/03
Estamira – Brasil, 2006. Direção: Marcos Prado. Documentário

Estamira é uma mulher de 63 anos que sofre de distúrbios mentais. Ela vive e trabalha há 20 anos no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, um local que recebe diariamente mais de 8 mil toneladas de lixo da cidade do Rio de Janeiro. Com um discurso filosófico e poético, Estamira analisa questões de interesse global




31/03
Vicky, Cristina, Barcelona – EUA, 2008. Direção: Woody Allen
Vicky (Rebecca Hall) e Scarlett Johansson (Cristina) são amigas e passam férias em Barcelona. Cristina é pura emoção e movida à paixão. Vicky é mais comedida, mas nem sempre feliz. Durante uma exposição de arte, as duas se encantam pelo pintor Juan Antonio (Javier Bardem). O que elas não sabiam é que o galante sedutor mantém um relacionamento com sua ex esposa Maria Elena (Penélope Cruz). Quando as duas amigas, cada uma à sua maneira, se interessam por ele, tem início uma inusitada situação amorosa.

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